O que pode ter ocorrido com o Cometa ISON?

(NEOA-JBS) Segue texto com comentários de Carl Hergenrother (Seção de Cometas da ALPO)

O que pode ter ocorrido com o Cometa ISON?

Vejamos 3 situações:

Caso 1: o núcleo rompeu-se em muitos pedaços pequenos e uma nuvem de "mini-núcleos" continua a sublimar. Em vez de uma coma condensada, temos agora uma coma difusa e extensa que continua a se espalhar e diminuir de brilho assim que os "mini-núcleos" se separam cada vez mais (em virtude da pressão da radiação solar e velocidades da própria fragmentação em si), assim como tais "mini-núcleos" também vão se rompendo. Isto foi o que ocorreu com os cometas C/1999 S4 LINEAR e C/2010 X1 Elenin. A ruptura não significa que o cometa desaparece de uma hora para outra uma vez que os "mini-núcleos" podem durar dias ou semanas após o início da fragmentação.

Caso 2: a maior parte da coma consistia de pequenas partículas de poeira que se vaporizaram pelo intenso calor do Sol. Vimos um caso similar com o C/2011 W3 Lovejoy como apontado por J. Marcus, Z. Sekanina e Paul Chodas em seus artigos sobre o assunto. Neste caso a coma e cauda do Cometa ISON cresceriam novamente assim que se afastar do Sol.

Caso 3: Estamos presenciando um caso nunca visto antes. Para isto não nos surpreenderíamos se estivéssemos diante de uma mescla entre os casos 1 e 2. A coma permaneceria muito difusa com uma pequena condensação central.

Hergenrother acrescenta que talvez os observadores [do hemisfério norte] consigam detectar o cometa algumas noites assim que o astro se afastar do Sol. A dúvida estará no aspecto do cometa: será um aspecto cometário tradicional [coma e cauda bem definidos]? ou uma difusa nuvem de poeira?

Quão brilhante será este resto de cometa?

Ele conclui que "o que se pode dizer é que a saga do Cometa ISON ainda não acabou".

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Mais informações aqui
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E mais:
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UPDATE:
Novidades fresquinhas do cometa ISON: adeus, até sempre! (AstroPT)
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Imagens com evolução dos fragmentos do cometa aqui