sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cometa Ison, “ao vivo” de Marte


(Mensageiro Sideral - Folha) O pessoal da Universidade do Arizona responsável pela câmera HiRISE, instalada a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, publicou as primeiras imagens do cometa Ison obtidas da órbita de Marte.

Não empolgou? Pois é. Nem a eles. “Baseado na análise preliminar dos dados, o cometa parece estar na porção inferior das previsões de brilho para a observação”, afirmaram Alan Delamere e Alfred McEwen, da equipe da HiRISE. “Como resultado, a imagem não é tão atraente visualmente, mas a atividade baixa da coma é melhor para estimar o tamanho do núcleo.”

Essas imagens acima foram obtidas na primeira tentativa de observar o cometa, no dia 29. Outras observações foram feitas nos últimos dois dias, quando o objeto atingiu sua máxima aproximação com o planeta vermelho, passando a 1,1 milhão de quilômetros da superfície (mais ou menos 3 vezes a distância Terra-Lua). Ao consolidá-las, o pessoal estará em boas condições para estimar o porte do objeto. Trata-se de um cálculo importante, pois ajudará a calcular o potencial de sobrevivência do Ison ao passar raspando pelo Sol (a 1,2 milhão de km), em 28 de novembro.

De toda forma, o brilho relativamente baixo é uma má notícia para os que esperam um grande espetáculo para os observadores terrestres lá pelo fim do ano, e ajuda a resfriar os ânimos após observações recentes por astrônomos amadores indicarem que o Ison estava aumentando seu nível de atividade e ficando esverdeado.

Os pesquisadores também tentaram usar o jipe Curiosity para observar o Ison da superfície de Marte, mas as imagens obtidas não permitiram sua detecção.

Provavelmente teremos mais informações quando o apagão da Nasa chegar ao fim, mas por ora resta a expectativa de como o cometa irá se comportar ao adentrar as regiões mais internas do Sistema Solar. Fica a torcida pelo aumento de brilho.
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