segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Possível ruptura do núcleo do cometa C/2012 S1 ISON


(NEOA-JBS) Imagem do Cometa C/2012 S1 Ison, tomada por Damian Peach em 15 de novembro de 2013, na Inglaterra.

De acordo com o CBET 3715, telegrama enviado pela União Astronômica, a equipe do Instituto Max Planck e a Universidade Ludwig Maximilian relataram a detecção de estruturas similares a “asas” na coma do Cometa C/2012 S1 Ison.

Essas estruturas se estenderam em cerca de 4.700 km em 14 de novembro e 13.500 km em 16 de novembro. Nenhuma delas foram vistas no dia 13 de novembro.

Estas estruturas SUGEREM a presença de dois ou mais sub-núcleos com atmosferas individuais em expansão e PODEM indicar uma recente ruptura no núcleo do Cometa.

De acordo com dados observacionais, no dia 14 de novembro o Cometa entrou em outburst, passando da 8ª para a 6ª magnitude.

No dia 15 ele passou para a 5ª magnitude. No dia 16 manteve-se na 5ª magnitude.
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E mais:
Cientistas divergem sobre possível fragmentação do cometa ISON (Apolo11)
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A melhor imagem do cometa Ison (Mensageiro Sideral - Folha)
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Comet ISON's Current Status (CIOC - em inglês)
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Telescópio registra aumento de brilho do "cometa do século" (Terra)
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UPDATE:

Comentários de Alexandre Amorim (REA/NEOA-JBS):

Cuidado com as conclusões precipitadas.

Antes de tudo, conforme ficou evidenciado nas conversas durante o ENAST, eu participo daquela "meia-dúzia de 3 ou 4" que mais está torcendo para o cometa "se esfarelar" antes mesmo de atingir o periélio. Agora querer é uma coisa, demonstrar é outra. O texto da CBET 3715 é cauteloso. Repasso aqui a tradução que foi divulgada na lista neoajbs:

"Estas estruturas [em forma de asas na coma] SUGEREM a presença de dois ou mais sub-núcleos com atmosferas individuais em expansão e PODEM indicar uma recente ruptura no núcleo do cometa." [grifo acrescentado]

Foi dito categoricamente que o núcleo se partiu? Não!

Na minha humildo opinião uma das evidencias convincentes de núcleo partido seriam imagens centradas na condensação central, obtidas através de instrumendos com alto f/D e rápidas exposições. Vejam página no livro Cometa (de Carl Sagan) sobre a fragmentação do Cometa West em 1976.

Ignacio Ferrin e Jorge Zuluaga elaboraram um modelo prevendo que 25% dos resultados apontam para uma provável nuvem de detritos não ultrapassar um diâmetro aparente de 3 segundos de arco. Outros 75% dos resultados apontam para um diâmetro aparente desta provável nuvem de detritos ser maior do que os 3 segundos de arco.

http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/MODELRESULTS.html

A baixa elongação e altura do cometa dificultam uma possível detecção direta de tal nuvem de detritos - se é que isto realmente ocorrerá. Telescópios de grande porte, que teriam condições de detectar, acabam não sendo usados devido as restrições em observar um objeto na região proibitiva devido à baixa elongação com o Sol.

Por fim, informo que os registros visuais feitos no Brasil estão disponíveis no website:

http://www.geocities.ws/costeira1/cometa/observ12s1.htm

Hoje à tarde a página oficial será atualizada.

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