terça-feira, 26 de novembro de 2013

«Cometa do século» vai passar perto do Sol esta semana

Ison vem da nuvem de Oort, camada formada pelos restos da nebulosa que deu lugar ao Sol e aos planetas há cerca de 4.600 milhões de anos

(TVI24 - Portugal) O cometa Ison, batizado como o «cometa do século», vai passar perto do Sol dentro de três dias, uma aproximação que se não culminar no seu fim irá permitir aos cientistas obter informação detalhada sobre o seu nascimento.

Ison, que foi avistado pela primeira vez em setembro de 2012 por astrónomos russos, é um cometa especial que vem da nuvem de Oort, uma camada que rodeia todo o sistema solar e que, segundo acreditam os cientistas, é formada pelos restos da nebulosa que deu lugar ao Sol e aos planetas há cerca de 4.600 milhões de anos.

A descoberta do cometa deveu-se ao seu enorme brilho e, desde então, astrónomos de todo o mundo esperam divididos que Ison passe a sua primeira prova de fogo: a passagem pela periferia do Sol, que será o momento em estará mais perto da estrela principal do sistema solar.

Esta passagem acontecerá a 28 de novembro, com os astrónomos de todo mundo a aguardar o desfecho da sua viagem, já que não se sabe com exatidão qual será o efeito do enorme calor e da força gravitacional do Sol no cometa.

De acordo com Matthew Knight, do Observatório Lowell, no Arizona, citado pela BBC, existem três cenários possíveis quando Ison atravessar a coroa do Sol.

No primeiro cenário, o cometa poderá sofrer o mesmo destino que o seu semelhante Lovejoy, que se aproximou do Sol no outono de 2011 e explodiu.

O cientista refere que não é possível saber se tal acontecerá a Ison, uma vez que a destruição do cometa depende do tamanho, já que um núcleo de dois quilómetros ou de dimensão inferior pode colocá-lo em risco.

Os astrónomos estimam que Ison tenha exatamente um núcleo de dois quilómetros, o que o coloca no limite.

O segundo cenário é que o cometa poderá comportar-se como Encke, que ficou em órbita à volta do Sol cerca de 70 vezes desde que foi avistado pela primeira vez, há alguns séculos atrás.

A terceira aposta, aquela que a maioria dos astrónomos esperam, é que aconteça o mesmo que o cometa Ikeya-Seki em 1965.

Ou seja, quando o cometa entrou na periferia do Sol, o calor aqueceu os gases no fundo do seu núcleo e alguns dias depois o Ikeya-Seki surgiu da coroa da estrela com uma enorme cauda que se desenvolveu durante este processo.

Os cientistas esperam que Ison se comporte como Ikeya-Seki e, caso tal aconteça, Ison poderá responder a algumas das grandes questões sobre as origens do mundo.

Na sua viagem até à periferia, o cometa estará a 1,8 milhões de quilómetros do Sol e alcançará temperaturas de cerca de 5.000 graus.

O cometa está visível nos céus em dezembro e janeiro durante grande parte da noite.
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