Alerta vermelho para o Cometa C/2012 S1 ISON

(NEOA-JBS) Imagem tomada por Bill Martinec em 4 de novembro de 2013, no Novo México, E.U.A.

Embora tenha sido dado o alerta vermelho para a possível desintegração do Cometa, ontem o Ison cruzou a linha do Cometa C/1996 Q1 Tabur e hoje a linha onde o Cometa C/1999 S4 LINEAR se desintegrou, mas o Ison ainda não se partiu, inclusive aumentou de brilho.

Nesta madrugada Alexandre Amorim, do NEOA/JBS, estimou o brilho do Cometa em 8,7 magnitudes. Segundo Amorim, agora está mais fácil localizar o Cometa.

De acordo com Ignácio Ferrin, levará alguns dias para que aconteça a desintegração do Ison e que a morte de um cometa também é importante para a ciência.

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(Alexandre Amorim - NEOA/JBS) Após divulgar sua peculiar análise em 7 (sete) bases de dados diferentes, o Prof. Ignacio Ferrín soa o Alerta Vermelho para o Cometa C/2012 S1 ISON. Os motivos para tal são expostos no seu website:

http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/REDALERT.html

Aqui segue trecho do seu comunicado na lista comets-ml@yahoogroups.com

"As plotagens levaram três dias para serem atualizadas. É um trabalho árduo (cerca de 30 horas) mas os resultados estão agora abertos para quem quiser vê-los. A conclusão principal é que o Cometa ISON mostra agora um comportamento estabilizado [em seu brilho] ou mesmo um claro decaimento. A beleza da Ciência é que o leitor não precisa acreditar em mim. Poderá ver os gráficos e chegar a sua própria conclusão. Podemos ter uma idéia de quanto tempo o Cometa ISON levará para se desintegrar, caso o cometa decida tal destino, basta ver as imagens do Cometa Elenin tomadas por Michael Mattiazzo. [O Cometa Elenin] levou de alguns dias a uma ou duas semanas para vermos claras evidências de desintegração.

Portanto a sugestão é não perder uma noite sequer de observações e tomar imagens do cometa com o maior comprimento focal possível."

Seguindo a sugestão do Prof. Ferrín, fizemos uma verificação nas curvas de luz apresentadas. Abaixo seguem nossos comentários:

Banco de dados nº 1: observadores franceses a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20FRENCH.JPG

Acreditamos que este banco de dados seja aquele disponível no website:
http://comet.observations.free.fr/all-obs-table.php?Code=CK12S010&y1=1908&m1=01
uma vez que estes observadores (franceses) usam fotometria m2 (parte mais interna da coma). Este banco de dados possui registros até o dia 4 de novembro de 2013 e ainda há sinais de aumento de brilho.

Banco de Dados nº 2: observadores espanhóis a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20MULTIAPERTURE.JPG

Pensamos que por "espanhóis" o Prof. Ferrín entende como a fotometria multiaberturas tomadas por diversos observadores espanhóis, através de uma ferramenta chamada FoCAs II e disponíveis no website http://www.astrosurf.com/cometas-obs/C2012S1/multi.htm

Mas qual abertura Ferrín está usando? A de 10x10 segundos de arco?

De qualquer forma não vemos o início de uma estabilização, em vez disso ainda é possível notar um lento aumento de brilho.

Banco de Dados nº 3: observações do Minor Planet Center a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20MPCOBS.JPG

Assim como no caso do banco de dados nº 2, não vemos o início da estabilização, mas ainda um lento aumento de brilho nestes dados do MPC.

Banco de Dados nº 4: magnitudes CCD-R
a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20CCD%20R.JPG

Aqui, sim, é visível uma tendência à estabilização, mas ainda não a estabilização do brilho em si.

Banco de Dados nº 5: observações visuais a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20VISUAL.JPG

Aqui também vemos uma tendência à estabilização do brilho. E esta curva poderia estar mais enriquecida se muitos astrofotógrafos do Facebook e do SpaceWeather.com tomassem alguns instantes para estimar visualmente o brilho total da coma.

Banco de Dados nº 6: taxa de produção de água a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20WATER%20PRODUCTION.JPG

Banco de Dados nº 7: taxa de produção de poeira a curva: http://astronomia.udea.edu.co/cometspage/Img/FIGURE%20DUST.JPG

Bem, apesar de não termos acesso às Circulares da UAI é óbvio o decaimento na produção de água e poeira mesmo com o cometa se aproximando mais do Sol. O normal seria aumentar e não diminuir.

Informamos que os registros feitos no Brasil estão disponíveis no website:
http://www.rea-brasil.org/cometas/observ12s1.htm