Astrônomos calculam que objeto é grande e denso o bastante para não ser incinerado ou fragmentado ao passar a cerca de 1,2 milhão de quilômetros da estrela no fim de novembro
(O Globo) O cometa Ison deverá sobreviver ao seu encontro com o Sol em 28 de novembro, quando chegará a apenas cerca de 1,2 milhão de quilômetros de distância dele. Com isso, aumentam as chances de que o objeto seja visível a olho nu no céu após seu periélio, como é chamado este momento de maior aproximação da nossa estrela.
No início deste mês, o cometa, descoberto em setembro do ano passado, passou pela órbita de Marte nesta que é sua primeira viagem pelo interior do Sistema Solar. Isso gerou a expectativa de que o Ison poderia vir a ser o “cometa do século”, já que teria o potencial de ficar muito brilhante a medida que seu material evaporasse e criasse a coma (cabeleira) e cauda típicas destes objetos.
De acordo com cálculos feitos pelos astrônomos Matthew Knight e Kevin Walsh, publicados em artigo no periódico “The Astrophysical Journal Letters”, o Ison seria grande e denso o bastante para não ser totalmente incinerado ou fragmentado ao passar tão perto do Sol. Segundo eles, observações feitas pelo telescópio espacial Hubble e outros instrumentos sugerem que o núcleo do cometa tem entre 1 e 4 quilômetros de diâmetro, o que o põe bem além do limite para a evaporação total de cometas vistos em periélios semelhantes, de 200 metros.
Já os dados sobre a densidade do Ison são muito escassos. Ainda assim, Knight e Walsh afirmam que, se ela for parecida com a da maioria dos cometas, seu núcleo não será destruído pelas forças de maré gravitacional do Sol.
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