sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Cometa C/2012 S1 ISON a aproximadamente 1,4 ua da Terra


(NEOA-JBS) Mais uma imagem do Cometa C/2012 S1 obtida pelo inglês Damian Peach, desta vez incluindo a galáxia M95 no mesmo campo de visão na constelação de Leão.

Enquanto que nesta manhã do dia 24 de outubro de 2013 o cometa se encontrava a 1,4 ua da Terra (210 milhões km, cerca de 12 minutos-luz) a galáxia M95 está a cerca de 38 milhões de anos-luz da nossa Galáxia Via-Lactea.

Embora belo, o Cometa C/2012 S1 continua com brilho mais fraco do que o previsto e as últimas estimativas ainda o colocam na 10a magnitude, praticamente a mesma magnitude visual aparente da galáxia M95.
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E mais:

(Alexandre Amorim - NEOA-JBS)

Nicolas Biver (Comissão de Cometas da SAF) também faz sua análise a respeito da evolução do brilho do cometa C/2012 S1:

"Além da distância de 1,5 ua do Sol os cometas podem ter um comportamento bem diferente. Cometas velhos (tais como os de longo período e até alguns de curto período) podem brilhar um pouco mais rapidamente assim que se aproximam do Sol entre 1,5 e 2,5 ua.

Especialmente os cometas velhos com pouca quantidade de CO podem "acender" mais tarde e o valor de sua magnitude pode diminuir mais rápido do que 10.log(r) [aumento de brilho em torno de r elevado a -4].

Cometas novos recém vindos da Nuvem de Oort podem "acender" mais longe - o C/2012 S1 provavelmente passou por isso quando esteve entre 10 e 5 ua do Sol - e se estabilizam até a água começar a sublimar em torno de 1,5 ua do Sol. Mas como se vê [na análise comparativa das curvas de luz] não existe uma tendência bem evidente.

Abaixo de 1,5 ua todos os cometas parecem aumentar seu brilho de maneira similar: magnitude total proporcional ao produto 8.log(r) ou mais, enquanto que a magnitude absoluta (Ho) pode apontar o tamanho real do cometa: caso Ho seja 6, então o núcleo terá um diâmetro da ordem de quilômetros; se Ho=9, então o diâmetro do núcleo terá algumas centenas de metros; outros podem ser pequenos o suficiente para exaurir seu material volátil entre 0,8 e 0,5 ua do Sol. Se o [núcleo do] C/2012 S1 for tão pequeno, ele poderá se desintegrar totalmente em meados de novembro.

Informações completas da análise de Nicolas Biver estão no website:

http://www.lesia.obspm.fr/perso/nicolas-biver/ison.html

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E mais:
Lá vem o Ison! (Cássio Leandro Dal Ri Barbosa - G1)

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