(Apolo11) À medida que o cometa Elenin C/2010 X1 se aproxima do Sol, mais material sólido é sublimado e ejetado ao espaço, aumentando o tamanho da coma e da cauda cometária. As últimas observações indicam que a esteira de partículas já atinge 3 milhões de quilômetros, mas pode crescer ainda mais.
Atualmente (23 de agosto), Elenin se localiza a 172 milhões de km da Terra e percorre por dia mais de 2 milhões de quilômetros. Em 16 de outubro o cometa deverá atingir a máxima aproximação com nosso planeta, quando a mínima distância entre os dois objetos será de 35 milhões de quilômetros.
Com relação ao Sol Elenin se encontra a 95 milhões de quilômetros de distância e deverá atingir o periélio no dia 10 de setembro, se aproximando a apenas 71 milhões de quilômetros da estrela. Dois dias depois, entre 12 e 15 de setembro o astro poderá ser visto cruzando o coronógrafo Lasco C3, a bordo do telescópio solar Soho.
De acordo com o astrônomo amador Michael Mattiazzo, que observa cometas desde 1986, o tamanho angular estimado da coma de Elenin é de 4 minutos angulares, o equivalente a 213 mil km.
Coma é a tênue atmosfera de poeira e gás formada ao redor do núcleo de um cometa, criada a partir da vaporização das partículas à medida que o cometa se aproxima do Sol. A cauda é consequência da pressão do vento solar exercida sobre essa atmosfera, que empurra o material ejetado por milhões de quilômetros para longe do Sol.
Apesar de grande, a cauda de 3 milhões de quilômetros de Elenin não é recorde entre os cometas. Em 1995, a trilha deixada por Hale-Bopp C/1995 chegou a medir cerca de 50 milhões de quilômetros, tornando-o um dos maiores cometas observados no século 20 e também um dos mais brilhantes.
Números calculados pelo Apolo11.com mostram que neste momento a magnitude de Elenin é de 6.5, mas observações feitas diretamente por astrônomos amadores indicam que o brilho é bem menor, de 8.5 magnitudes. Já para o Laboratório de Dinâmica do Sistema Solar, da Nasa, o brilho de Elenin é ainda mais baixo, 10.4 magnitudes.
Com bastante experiência no assunto, Michael Mattiazzo acredita que devido ao pequeno núcleo cometário, de aproximadamente 2.5 km de diâmetro e a longa cauda que apresenta, Elenin está sublimando material rapidamente e poderá não resistir ao periélio (máxima aproximação do Sol) e se desintegrar.
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Mais informações sobre o cometa na página da
REA
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